Quem tivesse um amor, nesta
noite de lua,
para pensar um belo
pensamento
e pousá-lo no vento!
Quem tivesse um amor -
longe, certo e impossível -
para se ver chorando, e
gostar de chorar,
e adormecer de lágrimas e
luar!
Quem tivesse um amor, e,
entre o mar e as estrelas,
partisse por nuvens,
dormente e acordado,
levitando apenas, pelo amor
levado...
Quem tivesse um amor, sem
dúvida e sem mácula,
sem antes nem depois:
verdade e alegoria...
Ah! quem tivesse... (Mas,
quem teve? quem teria?)
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