02/12/2023

2 Poema de Manuel da Fonseca - O Vagabundo do Mar




Sou barco de vela e remo
sou vagabundo do mar.
Não tenho escala marcada
nem hora para chegar:
é tudo conforme o vento,
tudo conforme a maré…
Muitas vezes acontece largar o rumo tomado
da praia para onde ia…
Foi o vento que virou?
foi o mar que enraiveceu
e não há porto de abrigo?
ou foi a minha vontade
de vagabundo do mar?
Sei lá.
Fosse o que fosse
não tenho rota marcada
ando ao sabor da maré.
É por isso, meus amigos,
que a tempestade da Vida
me apanhou no alto mar.
E agora
queira, ou não queira
cara alegre e braço forte:
estou no meu posto a lutar!
Se for ao fundo acabou-se.
Estas coisas acontecem
aos vagabundos do mar.


Manuel da Fonseca
Rosa dos Ventos. Lisboa, ed. do autor, 1940



0 Chove dentro da minha Alma






Ouço bem a chuva que dentro da minha alma cai.
Debruço-me num tempo erguido pela nostalgia
e a chuva é mais fria.
Procuro em meu coração uma tristeza qualquer;
talvez assim encontre aquecimento
e mude o ritmo da chuva
por algum momento.
Busca em vão.
A chuva continua em compasso firme e lento
desacompanhada de vento.
Procuro em meu coração
um segundo de descanso
e talvez de exultação;
novamente recorri em vão.
Chove dentro da minha alma
o pranto das noites frias
e das inumeráveis tristezas sem razão.

Adalgisa Nery



28/11/2023

3 Seja luz - Espalhe amor





Seja luz, estenda a mão,
Espalhe amor, alegria e carinho,
Saiba ouvir, compreender e aconselhar,
Abrace todos os que precisarem de conforto,
Irradie energia positiva e doe palavras de ânimo.
Tenha força e coragem para ultrapassar as dificuldades,
Seja luz e ilumine o caminho daqueles que consigo se cruzarem!

Maria




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