Fantástico silêncio!
Nele existe
um clarão momentâneo: e tudo dorme.
Ai! que a noite irreal, cega e disforme,
ainda o faz mais pungente e amargo e triste!
Fantástico silêncio moribundo
aos meus olhos aceso como velas
que iluminassem becos e vielas
pelas cidades pálidas do mundo...
Lá o vejo pender, fruto caído,
lá o vejo soprar contra muralhas
e recobrir — silêncio envelhecido —
o que a noite ocultou, e está perdido...
Lá o vejo oscilar nas cordoalhas
de algum veleiro desaparecido.
um clarão momentâneo: e tudo dorme.
Ai! que a noite irreal, cega e disforme,
ainda o faz mais pungente e amargo e triste!
Fantástico silêncio moribundo
aos meus olhos aceso como velas
que iluminassem becos e vielas
pelas cidades pálidas do mundo...
Lá o vejo pender, fruto caído,
lá o vejo soprar contra muralhas
e recobrir — silêncio envelhecido —
o que a noite ocultou, e está perdido...
Lá o vejo oscilar nas cordoalhas
de algum veleiro desaparecido.
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