Trabalhei, sem revoltas nem
cansaços,
No infecundo amargor da
solitude:
As dores, - embalei-as nos
meus braços,
Como alguém que embalasse a
juventude...
Acendi luzes, desdobrando
espaços,
Aos olhos sem bondade ou sem
virtude;
Consolei mágoas, tédios e
fracassos
E fiz, a todos, todo o bem
que pude!
Que o sonho deite bênçãos de
ramagens
E névoas soltas de distância
e ausência
Na minha alma, que nunca foi
feliz.
Escondendo-me as tácitas
voragens
De males que me deram, sem
consciência.
Pelos míseros bens que
sempre fiz!...
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