Quem
fosse acompanhando juntamente
Por
esses verdes campos a avezinha,
Que
despois de perder um bem que tinha,
Não
sabe mais que cousa é ser contente!
E
quem fosse apartando-se da gente,
Ela
por companheira e por vizinha,
Me
ajudasse a chorar a pena minha,
E
eu a ela também a que ela sente!
Ditosa
ave! que ao menos, se a natura
A
seu primeiro bem não dá segundo,
Dá-lhe
o ser triste a seu contentamento.
Mas
triste quem de longe quis ventura
Que
para respirar lhe falte o vento,
E
para tudo, enfim, lhe falte o mundo!
Sem comentários:
Enviar um comentário