Eis que passa o vento e depois vem a chuva
desenhando arabescos de vales e montanhas
sobre terra molhada de lágrima e suor.
Ela é deusa de chinelos velhos
a pisar conchas doiradas de ilusões
reflexos de sonhos.
E num riso doido ela não cerra suas pálpebras
torna a pingar lentamente como música
cigarra falando baixinho ou
conchas sussurrando mar.
E no seu andar de garça preguiçosa
continua a tilintar em meus ouvidos
num zum-zum de insetos
tão discretos.
E a cair e a cair
desprende seus braços húmidos
como sal de praia
a tocar meus olhos também húmidos.
Alvina Nunes Tzovenos
Palavras ao Tempo
desenhando arabescos de vales e montanhas
sobre terra molhada de lágrima e suor.
Ela é deusa de chinelos velhos
a pisar conchas doiradas de ilusões
reflexos de sonhos.
E num riso doido ela não cerra suas pálpebras
torna a pingar lentamente como música
cigarra falando baixinho ou
conchas sussurrando mar.
E no seu andar de garça preguiçosa
continua a tilintar em meus ouvidos
num zum-zum de insetos
tão discretos.
E a cair e a cair
desprende seus braços húmidos
como sal de praia
a tocar meus olhos também húmidos.
Alvina Nunes Tzovenos
Palavras ao Tempo
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