No alegre sol de então
De uma manhã de amor,
A borboleta solta no fulgor
Da luz, lembrava um leve
coração.
Ia e vinha e a voar
Gentil e trêfega, azul,
Sonoramente a percorrer pelo
ar,
Como um silfo tenuíssimo e
taful.
Sobre os frescos rosais
Pousava débil, subtil,
Doirando tudo de um risonho
abril
Feito de beijos e de
madrigais.
Que doce embriaguez
O vôo assim seguir
Da borboleta azul, correndo,
a vir
Do espaço pela Etérea
candidez!
Fazendo, tal e qual,
O mesmo giro assim,
O mesmo voo límpido, sem
fim,
Nos mundos virgens de
qualquer ideal.
Ir como ela também
Em busca das loucas
E tropicais e fulgidas
manhãs
Cheias de colibris e sol,
além…
Ir com ela na luz
De mundos através,
Sem abrolhos nas mãos,
cardos nos pés,
Ó alma, minha, que alegria a
flux!…
No alegre sol de então
De uma manhã de amor
A borboleta solta no fulgor
Da luz, lembrava um leve
coração.
Sem comentários:
Enviar um comentário