O denso lago e a terra de ouro:
até hoje penso nessa luz vermelha
envolvendo a tarde de um lado e de outro.
E nas verdes ramas, com chuvas guardadas,
e em nuvens beijando os azuis e os roxos.
Perguntava a sombra: “Quem há pelo teu rosto?”
“Que há pelos teus olhos?” – a água perguntava.
E eu pisando a estrada, e eu pisando a estrada,
vendo o lago denso, vendo a terra de ouro,
com pingos de chuva numa luz vermelha…
E eu não respondendo nada.
Sonho muito, falo pouco.
Tudo são riscos de louco
e estrelas da madrugada…
Cecília Meireles
até hoje penso nessa luz vermelha
envolvendo a tarde de um lado e de outro.
E nas verdes ramas, com chuvas guardadas,
e em nuvens beijando os azuis e os roxos.
Perguntava a sombra: “Quem há pelo teu rosto?”
“Que há pelos teus olhos?” – a água perguntava.
E eu pisando a estrada, e eu pisando a estrada,
vendo o lago denso, vendo a terra de ouro,
com pingos de chuva numa luz vermelha…
E eu não respondendo nada.
Sonho muito, falo pouco.
Tudo são riscos de louco
e estrelas da madrugada…
Cecília Meireles
Olá, querida amiga Maria!
ResponderEliminarUm belo poema da Cecília onde a mulher e o crepúsculo estão em destaque e sintonia.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos com carinho fraterno
Los crepúsculos son enigmáticos ...por decir menos ...sorprendentes...
ResponderEliminarbesos.