03/02/2019

Era a Ilha das frescas madrugadas




Era a Ilha das frescas madrugadas,
era a Ilha dos cálidos poentes,
das aves a cantar, em revoadas,
do cheiro a mel e a flor dos dias quentes.

Longas fitas, lianas ou serpentes,
enroscam-se nas árvores copadas.
Germinam, silenciosas, as sementes
se a chuva cai em bátegas pesadas.

A noite desce, aos poucos, sobre a Ilha
como arrendada, tépida mantilha
de fios de ouro, de luar azul.

Há sussurros de insectos na folhagem
e um cheiro a mar, o apelo da viagem
que chega em ondas e que vem do Sul.



Maria Fernanda Telles de Castro

6 comentários:

  1. Oi Maria,
    Linda poesia e linda imagem
    O calor aqui tá tão forte que deu até vontade de me jogar nesse rio.
    Beijos no coração
    Lua Singular

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  2. Hi Maria.

    I have not seen your translation button for a while.
    Unfortunately.

    Groettie from Patricia.

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  3. Boa tarde!
    Que poema fantástico. Parabéns pela escolha!

    Tristeza em poucas palavras...
    Beijo e uma excelente semana!

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  4. Belíssimo poema! Uma ilha é sempre inspiradora, até pela necessidade de voar.
    Beijos, Maria

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  5. Divino Soneto, Mágico...
    Quem não se inspira assim numa ilha destas?
    Parabéns.

    Beijo
    SOL

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  6. Ando por esse teu belo espaço, querida Maria, é encantador.
    beijo! Uma linda semana!

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