Senhor, foi um verão imenso: é hora.
Estende as tuas sombras nos relógios
de sol e solta os ventos prado afora.
Instiga a sazonarem, com dois dias
a mais de sul, as frutas que, tardias,
conduzes rumo à plenitude, e apura,
no vinho denso, a última doçura.
Quem não tem lar já não terá; quem mora
sozinho há de velar e ler sozinho,
escrever longas cartas e, a caminho
de nada, há de trilhar ruas agora,
enquanto as folhas caem em torvelinho
Rainer Maria Rilke
Tradução de Nelson Ascher,
Estende as tuas sombras nos relógios
de sol e solta os ventos prado afora.
Instiga a sazonarem, com dois dias
a mais de sul, as frutas que, tardias,
conduzes rumo à plenitude, e apura,
no vinho denso, a última doçura.
Quem não tem lar já não terá; quem mora
sozinho há de velar e ler sozinho,
escrever longas cartas e, a caminho
de nada, há de trilhar ruas agora,
enquanto as folhas caem em torvelinho
Rainer Maria Rilke
Tradução de Nelson Ascher,


.png)
Ciao, intensi versi sulla condizione umana.
ResponderEliminarBuona serata
Rakel
Um poema muito belo.
ResponderEliminarNo Algarve, infelizmente, a seca continua...
Ainda não comi um dióspiro que me deliciasse...
Viva o Outono!
🍂🍃🍂🍃🍂🍃
Este é um "Dia de Outono" que Rainer Maria Rilke nos quer mostrar e bem.
ResponderEliminarUma delícia. Uma Obra de Arte Poética.
Grato pela partilha, Maria.
Beijo,
SOL da Esteva
Aunque parece cotidiano, existe un anhelo de vivir...
ResponderEliminarHello, Maria!
ResponderEliminarThank you for today's poem, because R.M. Rilke is one of my favorite poets. I especially love two of his poems: "The Experience of Death" and "Loneliness Is Like Rain."
The poem about autumn you shared today is beautiful and very true.
Best regards, I wish you good health and a good new week, hugs.