Ontem meu peito chorava.
Hoje, não.
Também cansa a desventura.
Também o sol gasta o chão.
Estava ontem sozinha,
tendo a meu lado, sombria,
minha própria companhia.
Hoje, não.
Morreu de tanto morrer
a pena que em mim vivia.
Morreu de tanto esperar.
Eu não.
Relógios do tempo andaram
marcando o tempo em meu rosto.
A vida perdeu seu tempo.
Eu não.
Também cansa a desventura.
Também o sol gasta o chão.
Lila Ripoll
Publicado no livro O Coração Descoberto (1961)
Hoje, não.
Também cansa a desventura.
Também o sol gasta o chão.
Estava ontem sozinha,
tendo a meu lado, sombria,
minha própria companhia.
Hoje, não.
Morreu de tanto morrer
a pena que em mim vivia.
Morreu de tanto esperar.
Eu não.
Relógios do tempo andaram
marcando o tempo em meu rosto.
A vida perdeu seu tempo.
Eu não.
Também cansa a desventura.
Também o sol gasta o chão.
Lila Ripoll
Publicado no livro O Coração Descoberto (1961)
Bom dia de Paz, querida amiga Maria!
ResponderEliminar"Estava ontem sozinha,
tendo a meu lado, sombria,
minha própria companhia".
Muito bom quando há um novo modo de se viver.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho fraterno
Fiquei muito impressionado com este poema, Maria. O sol, embora me dê calor, luz e muito bem, também pode destruir a nossa Terra. Boa e feliz quarta-feira!
ResponderEliminarLindo poema, Maria.
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