24/09/2022

Soneto para Navegar - Poema de Afonso Estebanez Stael





Há um tempo na vida que supomos
ter vencido sem trauma nem feridas
olvidando o sangrar das despedidas
sofridas nos poentes dos outonos...

E há um tempo de rosas renascidas
dos áridos desertos que nós somos
não obstante o estio vão os pomos
adoçando o penar de nossas vidas!

Ainda há um tempo que a saudade
como um rio que chora de piedade
nosso pranto carrega para o mar...

E vai além o nosso amor profundo
cantando no crepúsculo do mundo
a canção que a razão faz navegar!


Afonso Estebanez Stael





9 comentários:

  1. Soneto fascinante que muito gostei de ler
    .
    Bom fim de semana … cumprimentos
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  2. Me recuerda esos viajes míos por los mares del extremo sur y siempre llevando el dolor de alejarme de mi madre y querencias...
    así es la vida.
    besos.

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  3. Es un delicioso SONETO, que rato tan bonito he disfrutado leyéndolo, gracias, María, sabes escoger lo más hermoso para presentar en tu blog.
    Muchas felicidades al autor.
    Un abrazo y bendiciones, junto a mi gratitud y estima.

    Se muy muy feliz.

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  4. Um poema de grande beleza escolheu. Para navegar com encantamento. Bjs.

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  5. Navegar é preciso...
    Abraço de amizade.
    Juvenal Nunes

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  6. Me encantó este poema, estimada Maria...sobre todo esta estrofa tan bonita:

    Todavía hay un tiempo en que la nostalgia,
    como un río que llora de piedad,
    lleva nuestras lágrimas al mar...

    Un abrazo.

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  7. É um ótimo soneto e uma excelente tradução livre
    que respeitou a rima e de um modo geral, o ritmo.
    Gostei de ler. Bjnh
    ~~~

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  8. Soneto tão lido quanto a imagem escolhida. Bjs e boa semana,.

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