Tudo me prende à terra onde me dei:
o rio subitamente adolescente,
a luz tropeçando nas esquinas,
as areias onde ardi impaciente.
Tudo me prende do mesmo triste amor
que há em saber que a vida pouco dura,
e nela ponho a esperança e o calor
de uns dedos com restos de ternura.
Dizem que há outros céus e outras luas
e outros olhos densos de alegria,
mas eu sou destas casas, destas ruas,
deste amor a escorrer melancolia.
Eugénio de Andrade
o rio subitamente adolescente,
a luz tropeçando nas esquinas,
as areias onde ardi impaciente.
Tudo me prende do mesmo triste amor
que há em saber que a vida pouco dura,
e nela ponho a esperança e o calor
de uns dedos com restos de ternura.
Dizem que há outros céus e outras luas
e outros olhos densos de alegria,
mas eu sou destas casas, destas ruas,
deste amor a escorrer melancolia.
Eugénio de Andrade
Eugénio de Andrade, sem dúvida, um poeta fascinante. Bela tela.
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana
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Poema: A Lua de Mel de um Gafanhoto
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Poema muito belo e eloquente... Um dos melhores... Beijos
ResponderEliminar~~~
A ultima estrofe diz muito de Eugenio.
ResponderEliminarMaravilha de poema que já li muitas vezes Maria.
Uma escolha perfeita dele.
Bom domingo de alegria.
Bjo de paz.
Excelente poema. Obrigada pela partilha!
ResponderEliminar-
Um presente que viaja ao passado...
Beijo. Bom fim de semana.
¡Qué hermoso poema, Maria! sobre todo la última estrofa me gustó mucho. Un abrazo.
ResponderEliminarLa esperanza nunca debemos perder.
ResponderEliminarQue del amor. Se queda lo mejor en la vida.
Abrazo