Onde o Homem não chega tudo é puro,
dessa pureza da primeira infância.
Tudo é medida, ritmo, concordância,
tudo é claro e auroral: a noite, o escuro.
E nem o vendaval é dissonância
mas promessa de sol e de futuro.
Quem levantou esse primeiro Muro
que do perto fez longe, ergueu distância?
Foi o Homem, com suas mãos de barro,
com suas mãos perjuras, fel e sarro
de inútil sofrimento e vil prazer.
Não é tarde, porém: sacode a lama,
ergue o facho, levanta a Deus a chama
e recomeça: acabas de nascer.
dessa pureza da primeira infância.
Tudo é medida, ritmo, concordância,
tudo é claro e auroral: a noite, o escuro.
E nem o vendaval é dissonância
mas promessa de sol e de futuro.
Quem levantou esse primeiro Muro
que do perto fez longe, ergueu distância?
Foi o Homem, com suas mãos de barro,
com suas mãos perjuras, fel e sarro
de inútil sofrimento e vil prazer.
Não é tarde, porém: sacode a lama,
ergue o facho, levanta a Deus a chama
e recomeça: acabas de nascer.
Fernanda de Castro, in "Ronda das Horas Lentas"
A los ojos de dios siempre estamos renaciendo, claro si reconocemos nuestros errores...
ResponderEliminarAbrazo.
Olá Maria.
ResponderEliminarUm belo poema, onde o homem não chega.
Beijo e feliz final de semana.
Muy hermoso y espiritual poema, María....Me encanta tu blog. Gracias por compartir. Un abrazo.
ResponderEliminarPois é, onde o homem não chega encontramos a mais pura essência, mas tenho esperança que um dia (lá bem à frente) o homem deixará de destruir.
ResponderEliminarUma boa semana
Beijinhos
Lleva verdad, donde no llega aun el hombre destructor, lo prístino se mantiene en el delicado sistema de vida...
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