07/08/2021

Poema - Amostra sem Valor - António Gedeão




Eu sei que o meu desespero
não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.


António Gedeão





6 comentários:

  1. Olá Maria
    Bonito poema.
    Eu escreveria "Eu também sei"
    Beijo e bom final de semana.

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  2. Numa passagem rápida...
    .
    Vou ali e já volto... 📌
    .
    Amigos, esta rapariga, vai fazer uma pequena pausa, para umas merecidas férias. Voltarei assim que me for possível, aos vossos blogues.
    Até já...
    Beijos e Abraços

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  3. Hermoso y profundo este poema, María...me encantó. Gracias por compartirlo. Un abrazo.

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  4. Gosto muito do poeta e este seu poema também me agradou.
    Não conhecia, pelo que agradeço.

    Estou de férias, mas fiz questão de comemorar o Dia Internacional da Amizade.
    Não gostou do meu poema?
    Tenho percorrido todos os blogs da minha lista.
    Dias bons e agradáveis. Beijinho.
    ~~~~

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  5. Escribes muy lindo Maria,
    la verdad me agrado mucho
    visitarte.

    Besitos dulces

    Siby

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  6. Somos únicos frente a los ojos de Dios y del mundo...somos especiales
    por eso debemos cuidarnos y tratar de encontrar la paz...

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