30/01/2024

Noite - Bernardina Vilar




Esvai-se a luz do sol lá no infinito...
A terra inteira cobra-se de luto
Mas as estrelas num piscar bendito
Vão fazendo o clarão do seu reduto.

Por entre as sombras, pressuroso, aflito
Joga-se o rio no penhasco abrupto
Da ave noturna o estridente grito
Corta o silêncio a estrondar de súbito.

Depois a terra dorme. E de mansinho
A lua surge. E pelo seu caminho
Vai desfazendo o crepe dos negrumes.

E a. serra, de luar acobertada,
De pouco em pouco vai ficar bordada
Com um turbilhão de luz de vagalumes.


Bernardina Vilar



3 comentários:

  1. ¡Qué precioso poema, María, acompañado de aquella bella pintura! Todo un arte que me encantó. Un abrazo grande.

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  2. Las cosas de la vida misma...luz y sombra y nueva luz...

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  3. Bom dia, Maria
    Lindo poema e imagem, um forte abraço.

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