Quando dos horizontes a cansada
contemplação aos poucos se dilui,
penso alcançar numa remota estrada
não o que sou e nem o que já fui,
mas a visão casta, incontaminada,
da paz que abriga, que as paredes rui
do desespero, e que, maravilhada,
a cada instante do silencio flui.
Não sei que céu além do céu me acena,
nem que colina além de outra colina...
Contemplo, apenas; da contemplação,
nasce a estranha emoção que me asserena:
pressentimento de uma luz divina
que não é nem do céu e nem do chão.
Alphonsus de Guimaraens Filho
In: 'Só a noite é que amanhece'
contemplação aos poucos se dilui,
penso alcançar numa remota estrada
não o que sou e nem o que já fui,
mas a visão casta, incontaminada,
da paz que abriga, que as paredes rui
do desespero, e que, maravilhada,
a cada instante do silencio flui.
Não sei que céu além do céu me acena,
nem que colina além de outra colina...
Contemplo, apenas; da contemplação,
nasce a estranha emoção que me asserena:
pressentimento de uma luz divina
que não é nem do céu e nem do chão.
Alphonsus de Guimaraens Filho
In: 'Só a noite é que amanhece'
Bonito!
ResponderEliminarÉ só contemplar.
Boa noite e bom final de semana Maria.
Beijo!
Poema encantador de ler
ResponderEliminar*
Um domingo muito feliz, com Saúde, Paz, Alegria e Amor.
*/*
Ilusões e Poesia
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Gostei muito deste poema e compartilhei no face. Grata pela partilha, Bom domingo
ResponderEliminarÉ um soneto expressivo e realmente interessante...
ResponderEliminarAgradecendo a atenção pelos meus blogues despeço-me para as férias grandes de verão com um grande abraço afetuoso.
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