Levaram as grades da varanda
Por onde a casa se avistava.
As grades de prata.
Levaram a sombra dos limoeiros
Por onde rodavam arcos de música
E formigas ruivas.
Levaram a casa de telhado verde
Com suas grutas de conchas
E vidraças de flores foscas.
Levaram a dama e o seu velho piano
Que tocava, tocava, tocava
A pálida sonata.
Levaram as pálpebras dos antigos sonhos,
Deixaram somente a memória
E as lágrimas de agora.
Cecília Meireles
In Retrato Natural
Por onde a casa se avistava.
As grades de prata.
Levaram a sombra dos limoeiros
Por onde rodavam arcos de música
E formigas ruivas.
Levaram a casa de telhado verde
Com suas grutas de conchas
E vidraças de flores foscas.
Levaram a dama e o seu velho piano
Que tocava, tocava, tocava
A pálida sonata.
Levaram as pálpebras dos antigos sonhos,
Deixaram somente a memória
E as lágrimas de agora.
Cecília Meireles
In Retrato Natural
Adorei o poema!!
ResponderEliminar-
A natureza é sabia, mas por vezes dura...
.
Beijos
Bom fim de semana.
Bonitas metáforas nos compartes, Maria. Y muy linda esa casita con su jardín. Un abrazo.
ResponderEliminarBoa tarde de domingo, querida amiga Maria!
ResponderEliminarFui lendo e recordando da casa da infância.
Muito obriga pela partilha tão delicada.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos
Você escolheu um poema lindíssimo dessa memorável escritora. Abraço.
ResponderEliminarSeguro que queda algo bueno de todo ese hacer de la pianista...besos.
ResponderEliminarMuito belo o teu poema. Gostei muito!
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Abraço!