19/03/2022

Poema - Serena - Henriqueta Lisboa




Essa ternura grave
que me ensina a sofrer
em silêncio, na suavidade
do entardecer,
menos que pluma de ave
pesa sobre meu ser.

E só assim, na levitação
da hora alta e fria,
porque a noite me leve,
sorvo, pura, a alegria,
que outrora, por mais breve,
de emoção me feria.


Henriqueta Lisboa
in "Azul profundo"




8 comentários:

  1. Bom dia de sábado, querida amiga Maria!
    Tão bonita a leveza do poema mesmo para a dor da solidão.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos carinhosos e fraternos

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  2. Uma linda serenidade.
    Uma bela e generosa partilha em poesia Maria.
    Gostei de ler.
    Beijo e paz.

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  3. Um poema muito bonito! :))
    --
    Coisas de uma vida

    Votos de um excelente fim de semana.
    Beijos

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  4. Um poema muito delicado.

    Um abraço

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  5. Olá Maria.
    Ah! É como se todo sofrer se diluísse
    Na suavidade do entardecer.
    Contemplo e por algum momento, esqueço.
    Beijo e boa semana.

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  6. A sensibilidade de quem escreve, a relação entre o anoitecer e o desafio acrescido para o sentir.
    Gostei muito, um abraço e boa semana

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  7. Bellos versos, María...me han encantado...son pura dulzura. Un abrazo.

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  8. Olá amiga Maria!
    Um belíssimo poema, inspirado sobre a reflexão na dor e solidão que muito afeta a todos nós no actual momento.
    Gostei imensamente.
    Beijinhos de paz fraterna.
    Luísa Fernandes

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