Já não és tu, visão alada e pura,
Que o meu ser animavas e enchias;
Já não és tu que as ilusões tuas
Vinhas trazer-me, como outrora, um dia.
Mas fico-te a querer. És a Ventura
Que o coração pressente e que confia;
És a doçura ideal, que não se apura,
Mas que envolve a nossa alma de harmonia.
E enquanto assim, celeste e peregrina,
Me fores sempre a estrela matutina,
Que me aponta o caminho entre a vereda
Serei teu crente, e, por onde eu for,
Hei-de levar-te dentro, ó meu Amor,
Como um raio de luz na alma acesa.
Antero de Quental
Que o meu ser animavas e enchias;
Já não és tu que as ilusões tuas
Vinhas trazer-me, como outrora, um dia.
Mas fico-te a querer. És a Ventura
Que o coração pressente e que confia;
És a doçura ideal, que não se apura,
Mas que envolve a nossa alma de harmonia.
E enquanto assim, celeste e peregrina,
Me fores sempre a estrela matutina,
Que me aponta o caminho entre a vereda
Serei teu crente, e, por onde eu for,
Hei-de levar-te dentro, ó meu Amor,
Como um raio de luz na alma acesa.
Antero de Quental



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