Sou barco de vela e remo
sou vagabundo do mar.
Não tenho escala marcada
nem hora para chegar:
é tudo conforme o vento,
tudo conforme a maré…
Muitas vezes acontece largar o rumo tomado
da praia para onde ia…
Foi o vento que virou?
foi o mar que enraiveceu
e não há porto de abrigo?
ou foi a minha vontade
de vagabundo do mar?
Sei lá.
Fosse o que fosse
não tenho rota marcada
ando ao sabor da maré.
É por isso, meus amigos,
que a tempestade da Vida
me apanhou no alto mar.
E agora
queira, ou não queira
cara alegre e braço forte:
estou no meu posto a lutar!
Se for ao fundo acabou-se.
Estas coisas acontecem
aos vagabundos do mar.
Manuel da Fonseca
Rosa dos Ventos. Lisboa, ed. do autor, 1940
sou vagabundo do mar.
Não tenho escala marcada
nem hora para chegar:
é tudo conforme o vento,
tudo conforme a maré…
Muitas vezes acontece largar o rumo tomado
da praia para onde ia…
Foi o vento que virou?
foi o mar que enraiveceu
e não há porto de abrigo?
ou foi a minha vontade
de vagabundo do mar?
Sei lá.
Fosse o que fosse
não tenho rota marcada
ando ao sabor da maré.
É por isso, meus amigos,
que a tempestade da Vida
me apanhou no alto mar.
E agora
queira, ou não queira
cara alegre e braço forte:
estou no meu posto a lutar!
Se for ao fundo acabou-se.
Estas coisas acontecem
aos vagabundos do mar.
Manuel da Fonseca
Rosa dos Ventos. Lisboa, ed. do autor, 1940
Hermoso poema, sobre un vagabundo en el mar, Maria. Gracias por compartir.
ResponderEliminarBoa noite de sábado, querida amiga Maria!
ResponderEliminar"A tempestade da Vida
me apanhou no alto mar.
E agora
queira, ou não queira
cara alegre e braço forte:
estou no meu posto a lutar!"
Muito perfeito o poema que retrata quem ama o mar e a vida apesar dos percalços.
Tenha um abençoado final de semana!
Beijinhos com carinho fraterno
Olá, Maria
ResponderEliminarAdorei encontrar aqui Manuel da Fonseca, poeta que admiro muito.
Seguir sem rumo certo, se a tempestade nos apanhar no alto mar
há que ter cara alegre e braço forte, com bem refere o autor.
Beijinhos
Olinda