A hora é de cinza e de fogo.
Eu morro-a dentro de mim.
Deixemos a crença em rogo,
Saibamos sentir-nos Fim.
Não me toques, fales,olhes...
Distrai-te de eu 'star aqui
Eu quero que tu desfolhes
A minha ideia de ti...
Quero despir-me de ter-te,
Quero morrer-me de amar-te.
Tua presença converte
Meu esquecer-te em odiar-te.
Quero estar só nesta hora...
Sem Tragédia...Frente a frente
Com a minha alma que chora
Sob o céu indiferente,
Basta estar, sem que haja ao lado
Exterior da minha alma
Meu saber-te ali, iriado
De ti, mancha nesta calma
Ânsia de me não possuir,
De me não ter mais que meu,
De me deixar esvair
Pela indiferença do céu.
Fernando Pessoa
In Poesia
Amo ler os poemas de Fernando Pessoa. Grata pela gentil partilha poética.
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Terça feira com Saúde, Paz e Amor
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Ilusões e Poesia
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Olá, querida amiga Maria!
ResponderEliminarUm belo poema que, ilustrado cm a imagem, fica perfeito.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
Gostei muito da partilha :))
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Um paraíso dentro do meu pensamento
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Beijos. Boa noite
Querida Maria,
ResponderEliminarQue linda poesia de Fernando Pessoa, esse grandioso poeta que escreveu tantos poemas maravilhosos! Parabéns por compartilhar algo tão lindo, nos inspiramos sempre nos grandes poetas.
Um beijo!
Maravilhoso de ler
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Supõe-se um poema de 1913, "Poente" não consta da Obra Édita. Julgo que Isabel Pizarro apresentou este excerto ( o poema é mais longo) à Universidade do Minho num estudo que fez. É muito curioso que aqui o apresentes, pois é pouco conhecido! Tem a marca do Paulismo.
ResponderEliminarDesculpa a deformação profissional - eu fujo sempre disso (ou quase) quando comento...
Beijinho