Em alguma vida fui ave.
Guardo memória
de paisagens espraiadas
e de escarpas em voo rasante.
E sinto em meus pés
o consolo de um pouso soberano
na mais alta copa da floresta.
Liga-me à terra
uma nuvem e seu desleixo de brancura.
Vivo a golpes
com o coração de asa
e tombo como um relâmpago
faminto de terra.
Guardo a pluma
que resta dentro do peito
como um homem guarda o seu nome
no travesseiro do tempo.
Em alguma ave fui vida.
Mia Couto
de Poemas Escolhidos
Guardo memória
de paisagens espraiadas
e de escarpas em voo rasante.
E sinto em meus pés
o consolo de um pouso soberano
na mais alta copa da floresta.
Liga-me à terra
uma nuvem e seu desleixo de brancura.
Vivo a golpes
com o coração de asa
e tombo como um relâmpago
faminto de terra.
Guardo a pluma
que resta dentro do peito
como um homem guarda o seu nome
no travesseiro do tempo.
Em alguma ave fui vida.
Mia Couto
de Poemas Escolhidos
Se calhar também já fui uma ave ( águia, lol). Gostei muito do Poema
ResponderEliminar.
Fim de semana sorridente.
.
Poema: “” Queria residir em teu coração ””…
.
Buona domenica.
ResponderEliminarOlá Maria
ResponderEliminarTodos, creio eu, fomos ou gostaríamos de ser aves.
Sonhar é bom e é preciso, mas não serão todos a se realizar, mesmo que se corra atrás.
São tantas as vezes que me pego a voar...
Bonito poema de Mia Couto.
Boa noite e bom domingo.
Beijo!
Belleza de metáforas, guarde la pluma en mi pecho, como un hombre guarda en su almohada su nombre en el tiempo, me encanto.
ResponderEliminarAbrazo
Fantástica partilha... Adorei :))
ResponderEliminar.
Coisas de uma vida
.
Beijo, Bom Domingo