31/07/2021

Poema - Até que um Dia ... Fernanda de Castro




Meus versos eram rosas, lírios, heras,
borboletas, regatos, cotovias
cantando suas doces melodias,
anjos, sereias, ninfas e quimeras.

Meus versos eram pombas entre as feras
e, na festa das horas e dos dias,
ia dançando penas e alegrias
e o ano tinha quatro primaveras.

E a festa continua... é também festa
o cardo e a urze, o tojo, a murta, a giesta,
a chuva no beiral, o vento Norte,

o gosto a mar, a lágrimas, a sal,
até que um dia a vida, a bem ou mal,
exausta de cantar me empreste à morte.


Maria Fernanda Telles de Castro e Quadros




5 comentários:

  1. Olá,querida amiga Maria!
    Que poema!
    Não p conhecia e me identifiquei muito.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos com carinho de gratidão

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  2. Obrigada por esta partilha maravilhosa!! :))
    .
    Embriagado...pela solidão dos dias.
    .
    Beijo e um excelente fim de semana.

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  3. Olá Maria.
    São belos os versos de Fernanda de Castro.
    "No dedilhar dos meus dedos
    Encontro minhas canções no frio do jardim
    Eu vi uma lua em uma sala arborizada
    O lírio em um ouro crescer
    A cor turquesa deslumbrante
    No meu próprio amor, a flor, a canção
    Daqui eu voltei...!
    Agora, com a pequena chuva de estrelas
    Uma beleza como a flor pode escurecer."
    Lucia (De Improviso)
    Bom final de semana
    Beijo

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  4. Hermoso y muy artístico poema, María. Un gusto es siempre pasar por tu bien decorado blog. Un abrazo y feliz domingo.

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  5. O final é surpreendente.
    Linda poesia da bela arte de encantar palavras Maria.
    Bela escolha para esta sua série.
    Bjs de paz.

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