A rua: sem vozes, lisa e brilhando
Sob a luz fria da Lua.
Nada quebra a maravilha
Duma paisagem assim,
Imperturbável,
Estranha...
Os candeeiros esguios
Acentuam a beleza
Já de si tão de outro mundo
Desta rua à luz da Lua
Onde lucilam miragens
A esta hora tamanha.
Há coisas que se pressentem,
Mistérios, enormidades,
Espreitando das esquinas,
Escondidos nos recantos,
Coisas em que pensar
Quando se anda sòzinho,
Sozinho de madrugada...
O luar quebra-se em linhas
Que desconjuntam as casas
De dia tão bem seguras,
E sobem de lá do fundo
Das gavetas do passado
A esta hora de espantos
Murmúrios quase gelados...
Velha luz das madrugadas
Nas ruas tão conhecidas!
Luz sincera, companheira
Do passear, horas mortas,
Levando de braço dado
A legião das imagens
De toda a vida vivida,
O calor bom companheiro
Da vida que foi, um dia...
Sob a luz fria da Lua.
Nada quebra a maravilha
Duma paisagem assim,
Imperturbável,
Estranha...
Os candeeiros esguios
Acentuam a beleza
Já de si tão de outro mundo
Desta rua à luz da Lua
Onde lucilam miragens
A esta hora tamanha.
Há coisas que se pressentem,
Mistérios, enormidades,
Espreitando das esquinas,
Escondidos nos recantos,
Coisas em que pensar
Quando se anda sòzinho,
Sozinho de madrugada...
O luar quebra-se em linhas
Que desconjuntam as casas
De dia tão bem seguras,
E sobem de lá do fundo
Das gavetas do passado
A esta hora de espantos
Murmúrios quase gelados...
Velha luz das madrugadas
Nas ruas tão conhecidas!
Luz sincera, companheira
Do passear, horas mortas,
Levando de braço dado
A legião das imagens
De toda a vida vivida,
O calor bom companheiro
Da vida que foi, um dia...
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