Nessa tarde mimosa
de saudade
Em que eu te vi
partir, ó meu amor,
Levaste-me a
minh’alma apaixonada
Nas olhas
perfumadas duma flor.
E como a alma,
dessa florzita,
Que é a minha, por
ti palpita amante!
Oh alma doce,
pequenina e branca,
Conserva o teu
perfume estonteante!
Quando fores
velha, emurchecida e triste,
Recorda ao meu
amor, com teu perfume
A paixão que
deixou e qu’inda existe…
Ai, dize-lhe que
se lembre dessa tarde,
Que venha
aquecer-se ao brando lume
Dos meus olhos que
morrem de saudade!