Não te fies do tempo nem da eternidade
que as nuvens me puxam pelos vestidos,
que os ventos me arrastam contra o meu desejo.
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
ó lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo...
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te digo...
que as nuvens me puxam pelos vestidos,
que os ventos me arrastam contra o meu desejo.
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
ó lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo...
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te digo...
Cecília Meireles, in 'Retrato Natural'
Time will never end.
ResponderEliminarÉ verdade, Cecília Meireles tem toda a razão.
ResponderEliminarNão nos fiemos do tempo. Temos de dizer tudo
o que há para dizer no instante em que sentirmos
essa necessidade. Não somos senhores do tempo.
Ele pode faltar-nos quando menos esperamos.
Beijinhos
Olinda
Gratíssima pela sua visita ao meu blogue e votos lá deixados, Maria!
ResponderEliminarJá conhecia este excelente poema de Cecília Meireles. Amanhã, pode ser tarde. Façamos, então, hoje!
Beijos e bfds.
Que lindo poema Maria.
ResponderEliminarBeijos
Ani