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03/11/2024

Sol Posto - Florbela Espanca




Sol posto. O sino ao longe dá Trindades
Nas ravinas do monte andam cantando
As cigarras dolentes... E saudades
Nos atalhos parecem dormitando...

É esta a hora em que a suave imagem
Do bem que já foi nosso nos tortura
O coração no peito, em que a paisagem
Nos faz chorar de dor e d'amargura...

É a hora também em que cantando
As andorinhas vão p'lo meio das ruas
Para os ninhos, contentes, chilreando...

Quem me dera também, amor, que fosse
Esta a hora de todas a mais doce
Em que eu unisse as minhas mãos às tuas!...


Florbela Espanca
In ‘O Livro D’ele’ (1915 – 1917)



7 comentários:

  1. Boa noite de domingo, querida amiga Maria!
    Um bonito poema.
    Mãos unidas são força dupla.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos

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  2. Los recuerdos se arremolinan , al compas de la belleza de lo que nos da la naturaleza para seguir sintiendo el amor a pesar de la ausencia.
    Abrazos.

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  3. Precioso poema tierno, Maria, acompañado de un hermoso paisaje. Me encantó. Un abrazo.

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  4. Sempre romântica e amorosa...
    Aplaudo a apresentação.
    Abraço
    ====

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  5. Que linda poesia, uma perfeita declaração de amor, Grata pela partilha. Boa noite

    Meu link:
    https://pensandoemfamilia.com.br/cronica/prosa-e-poema/

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  6. Florbela Espanca, a minha Musa.
    Paro a Meditar em cada verso e te agradeço havê-la trazido aqui.

    Beijo,
    SOL da Esteva

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  7. Maria, este poema disse-me tanto neste momento doloroso que estou a viver!
    Como se fosse uma mensagem para mim!
    Obrigada.
    Mena
    maiordesessenta.blogspot.pt

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