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13/03/2024

O Tempo - Flora Figueiredo





Mais uma vez o tempo me assusta.
Passa afobado pelo meu dia, atropela minha hora, despreza minha agenda.
Corre prepotente, para disputar lugar com o vento.
O tempo envelhece, não se emenda.
Deveria haver algum decreto que obrigasse o tempo a desacelerar e a respeitar meu projeto.
Só assim, eu daria conta dos livros que vão se empilhando, das melodias que estão me aguardando;
Das saudades que venho sentindo,
Das verdades que ando mentindo,
Das promessas que venho esquecendo,
Dos impulsos que sigo contendo,
Dos prazeres que chegam partindo,
Dos receios que partem voltando.
Agora, que redijo a página final,
Percebo o tanto de caminho percorrido
Ao impulso da hora que vai me acelerando.
Apesar do tempo, e sua pressa desleal,
Agradeço a Deus por ter vivido, amanhecer e continuar teimando ...


Flora Figueiredo



6 comentários:

  1. Ola, querida amiga Maria!
    A vida nos impulsiona a sermos teimosos e a renovar nossa esperança a cada dia.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos com carinho fraterno

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  2. Ei, Maria, poema maravilhoso, eu gosto muito. Tenha uma boa quarta-feira meu amigo.

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  3. Maria , como me revejo neste poema...
    As suas ilustrações são lindas!
    Já tive vontade de levar algumas comigo!
    Tudo de bom para si e família.
    Mena
    maiordesessenta.blogspot.pt

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  4. O tempo não pára por mais que teimemos em
    desacelerá-lo. Parece que tem compromissos,
    mas sabemos quais são: todos os passos que
    a autora deste belo poema no indica.
    Adorei, Maria.
    Beijinhos
    Olinda

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  5. Gostei muito dessa publicação. Obrigada por ler lá no meu diário. Bju

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  6. Al fin descubrir lo que es relevante vivir el aquí y ahora...besos

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