Paginas

27/05/2023

Nós - Guilherme de Almeida





Quando as folhas caírem nos caminhos,
ao sentimentalismo do sol poente,
nós dois iremos vagarosamente,
de braços dados, como dois velhinhos...

E que dirá de nós toda essa gente,
quando passarmos mudos e juntinhos?
- "Como se amaram esses coitadinhos!
Como ela vai, como ele vai contente!"

E por onde eu passar e tu passares,
hão de seguir-nos todos os olhares
e debruçar-se as flores nos barrancos...

E por nós, na tristeza do sol posto,
hão de falar as rugas do meu rosto...
Hão de falar os teus cabelos brancos...


Guilherme de Almeida (1860-1969)




5 comentários:

  1. Olá, querida amiga Maria!
    Um poema que gosto muito deste que conheci.
    Tão amoroso ficarem velhinhos juntinhos até o fim.
    Gostei tanto de lê-lo agora.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  2. Un bello poema que nos habla de la vejez y de la unión en el amor. No existe amor más bello que aquel que envejece junto a las personas amadas.
    Un abrazo y feliz semana.

    ResponderEliminar
  3. Uma convicta declaração de amor eterno...
    Lindo!
    Majo
    ******

    ResponderEliminar
  4. Una maravilla y una gratitud eterna de aquellos que han sabido el verdadero don entragado en el juramento frente al altar...Lo que une Dios sea para siempre...
    Abrazos.

    ResponderEliminar
  5. Muito bom este poema, me identifico!
    Abraço, prezada Maria!

    ResponderEliminar

Topo