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07/10/2022

Destinos - Poema de Alvina Nunes Tzovenos





E as naves partiram
levando rumos desiguais.

Era noite
e os barcos não vinham.

Havia um regresso de vozes
e um peso de solidão grunhindo no ar.

A manhã custava a se fazer
era um parto demorado
com manchas douradas
que anunciavam um novo ser.

Os campos choravam de bênçãos
e, o ar doce, feria de odores
as narinas da manhã já desperta.

Ouvia-se a vida
no amor das flores, no sabor das cores e no odor
das horas que se assenhoreavam.

. . . éramos nós que amanhecíamos
. . . éramos nós que amávamos
amávamos o amor da Vida!


Alvina Nunes Tzovenos
In: Palavras ao Tempo





8 comentários:

  1. Belas imagens. Lindo poema.
    Feliz fim de semana

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  2. Linfda imagem e poema muito expressivo e belo. Bjss

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  3. Que belo poema nos trouxe! Gostei demais. Bjs.

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  4. Ouvia-se a vida
    no amor das flores, no sabor das cores e no odor
    das horas que se assenhoreavam.

    Boa noite de sábado, querida amiga Maria!
    A vida fica bem ouvida num cenário assim.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos com carinho fraterno

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  5. Bela apresentação na escolha do poema. Não a conhecia de minhas leituras. A imagem de primeira mão me lembrou as três naus que descobriram o Brasil. O poema é fantástico.
    Gostei de conhecer.
    Grato pela generosa partilha.
    Bjo de paz Maria.

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  6. Quantas viagens sem regresso...
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

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  7. Olá Maria
    Lindo poema e imagem, abraços.

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