Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...
Fernando Pessoa
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...
Fernando Pessoa
Boa noite de muita paz, querida amiga Maria!
ResponderEliminar"Quando a alma é viúva
Do que não sabe"
Que coisa mais linda esses versos!
Sempre com belas escolhas.
Tenha uma noite muito feliz, amiga!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Boa noite!
ResponderEliminarUm poema muito bem escolhido. Amei! Obrigada :)
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Saudade/ Memórias - Parte 1
Beijo e um excelente fim de semana!
Achei este conteúdo interessante e compartilhei em meu facebook.
ResponderEliminarBismaxon gravacoes
Boa tarde Maria,
ResponderEliminarLindos poemas.
Amo poesias.
Beijos.
Estou te seguindo no Pinterest. Gostaria que me seguisse.