Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto,
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto,
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Fernando Pessoa
Um excelente poema!
ResponderEliminar-
--> Não desapareces do meu sentimento
Beijo. Bom fim de semana!
Um belo poema de Fernando Pessoa.
ResponderEliminarUm abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Boa partilha
ResponderEliminarBj
Adoro Fernando Pessoa!
ResponderEliminarObrigada pela partilha deste belíssimo poema.
Beijinhos
Maria uma lembrança linda que carrego comigo, são os badalos dos sinos da catedral onde ia as missas aos domingo e da igrejinha de minha vila, quando soavam na hora da Ave Maria e assim ler Pessoa nestes sinos, é reviver minha infância com saudades, mas com alegria.
ResponderEliminarGrato pela linda partilha poética.
Beijo