Fui Essa que nas
ruas esmolou
E fui a que
habitou Paços Reais;
No mármore de
curvas ogivais
Fui Essa que as
mãos pálidas poisou...
Tanto poeta em
versos me cantou!
Fiei o linho à
porta dos casais...
Fui descobrir a
Índia e nunca mais
Voltei! Fui essa
nau que não voltou...
Tenho o perfil
moreno, lusitano,
E os olhos verdes,
cor do verde Oceano,
Sereia que nasceu
de navegantes...
Tudo em cinzentas
brumas se dilui...
Ah, quem me dera
ser Essas que eu fui,
As que me lembro
de ter sido... dantes!...
Florbela Espanca
Beautiful picture! Have a lovely week!
ResponderEliminarhttps://poemasdaminhalma.blogspot.com/
ResponderEliminarOlá querida Maria!
Que ausência de ambas as partes, também estive afastada bastante tempo, agora voltei amiga e confesso que já tinha saudade disto mesmo.
Uma magnífica poesia, de Florbela Espanca. gostei imenso.
Beijinho de paz e amor, estamos em época de Natal.
Feliz fim de semana!
Luisa
Linda poesia.
ResponderEliminarArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com