Invento-te
recordo-te distorço
a tua imagem mal e bem amada
sou apenas a forja em que me forço
a fazer das palavras tudo ou nada.
A palavra desejo incendiada
lambendo a trave mestra do teu corpo
a palavra ciúme atormentada
a provar-me que ainda não estou morto.
E as coisas que eu não disse? Que não digo:
Meu terraço de ausência meu castigo
meu pântano de rosas afogadas.
Por ti me reconheço e contradigo
chão das palavras mágoa joio e trigo
apenas por ternura levedadas.
Ary dos Santos, in 'O Sangue das Palavras'
a tua imagem mal e bem amada
sou apenas a forja em que me forço
a fazer das palavras tudo ou nada.
A palavra desejo incendiada
lambendo a trave mestra do teu corpo
a palavra ciúme atormentada
a provar-me que ainda não estou morto.
E as coisas que eu não disse? Que não digo:
Meu terraço de ausência meu castigo
meu pântano de rosas afogadas.
Por ti me reconheço e contradigo
chão das palavras mágoa joio e trigo
apenas por ternura levedadas.
Ary dos Santos, in 'O Sangue das Palavras'
Uma excelente escolha!! Amei!
ResponderEliminarBeijos. Boa noite!
Desconhecia mas proporciona um bom momento de leitura!!! Bj
ResponderEliminarOI MARIA!
ResponderEliminarPERFEITA ESCOLHA AMIGA.
ABRÇS
https://zilanicelia.blogspot.com/
Hi Maria.
ResponderEliminarNice words with a nice picture.
Groettie from Patricia.
Bela foto e poema.
ResponderEliminarMelhores cumprimentos, Irma
Oi Maria,
ResponderEliminarO Soneto é lindíssimo. Não conhecia o poeta.
Beijos
Beautiful picture, wisdom for a poem.
ResponderEliminarNão sou exatamente admirador de sonetos, costumo preferir o verso livre, mas esse é bastante bonito. Um abraço, Maria.
ResponderEliminarHermoso poema Maria, besin enorme.
ResponderEliminarEntre o amor e o desejo. Muito bonito.
ResponderEliminarwhite swan with stunning background.
ResponderEliminarhave a great weekend