Vejo-me triste,
abandonada e só
Bem como um cão
sem dono e que o procura
Mais pobre e
desprezada do que Job
A caminhar na via
da amargura!
Judeu Errante que
a ninguém faz dó!
Minh'alma triste,
dolorida, escura,
Minh'alma sem amor
é cinza, é pó,
Vaga roubada ao
Mar da Desventura!
Que tragédia tão
funda no meu peito!...
Quanta ilusão
morrendo que esvoaça!
Quanto sonho a
nascer e já desfeito!
Deus! Como é
triste a hora quando morre...
O instante que
foge, voa, e passa...
Fiozinho d'água
triste... a vida corre...
Florbela Espanca,
in "Livro de Sóror Saudade"
Maria que espetáculo de poema parabéns pela escolha e grata por compartilhar, bjos
ResponderEliminarHi Maria.
ResponderEliminarNice picture you have with the poem.
I translate it into Dutch, it is still very beautiful and easy to understand.
Groettie from Patricia.