É certo que me repito,
é certo que me refuto
e que, decidido, hesito
no entra-e-sai de um minuto.
É certo que irresoluto
entre o velho e o novo rito,
atiro à cesta o absoluto
como inútil papelito.
É tão certo que me aperto
numa tenaz de mosquito
como é trinta vezes certo
que me oculto no meu grito.
Certo, certo, certo, certo
que mais sinto que reflito
as fábulas do deserto
do raciocínio infinito.
É tudo certo e prescrito
em nebuloso estatuto.
O homem, chamar-lhe mito
não passa de anacoluto.
é certo que me refuto
e que, decidido, hesito
no entra-e-sai de um minuto.
É certo que irresoluto
entre o velho e o novo rito,
atiro à cesta o absoluto
como inútil papelito.
É tão certo que me aperto
numa tenaz de mosquito
como é trinta vezes certo
que me oculto no meu grito.
Certo, certo, certo, certo
que mais sinto que reflito
as fábulas do deserto
do raciocínio infinito.
É tudo certo e prescrito
em nebuloso estatuto.
O homem, chamar-lhe mito
não passa de anacoluto.
OI MARIA@
ResponderEliminarMAIS UMA OBRA MUITO BEM ESCOLHIDA NOS OFERECES.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Boa noite Maria!
ResponderEliminarEsse poema do Drummond é fascinante.
Desculpa a ausência por aqui, minha pausa se esticou um pouco mais.
Um abração, e boa semana!
Querida Maria
ResponderEliminarObrigada por nos presentear com tão belo poema!
A imagem escolhida é lindíssima!
Um beijinho
Beatriz